Dia Nacional dos Doadores de Órgãos
De cada 8 (oito) potenciais doadores de órgãos, apenas 1 (um)
é notificado. Ainda assim o Brasil é o segundo país do
mundo em número de transplantes realizados por ano, sendo mais de 90%
pelo sistema público de Saúde. O resultado positivo é
devido, principalmente, a três fatores:
1. O programa nacional de transplantes tem organização exemplar.
Cada Estado tem uma Central de Notificação, Captação
e distribuição de Órgãos que coordena a captação
e a alocação dos dos órgãos, baseada na fila única,
estadual ou regional.
2. Para realizar transplante é necessário credenciamento de
equipe no Ministério da Saúde. A maioria destas equipes é
liderada por médico com especialização no exterior, obtido
graças ao investimento público na formação de
profissionais em terapia de alta complexidade.
3. Hoje mais de 80% dos transplantes são realizados com sucesso, reintegrando
o paciente à sociedade produtiva.
O potencial doador cadáver
Considera-se como potencial doador todo paciente em morte encefálica.
No Brasil, o diagnóstico de morte encefálica é definido
pela Resolução CFM n° 1480/97, devendo ser registrado, em
prontuário, um Termo de Declaração de Morte Encefálica
que descreva todos os elementos do exame neurológico que demonstrem
ausência dos reflexos do tronco cerebral, bem como o relatório
de um exame complementar que assegure esse diagnóstico.
Morte encefálica
Morte encefálica e coma não são sinônimos. No
estado de coma o encéfalo está vivo, executando suas funções
de manutenção da vida. Na morte encefálica, apenas o
coração pode continuar batendo, em razão de seu marca-passo
próprio, e por pouco tempo, o suficiente para o aproveitamento de órgãos
saudáveis para transplante. O diagnóstico definitivo da morte
encefálica é corroborado por exames que demonstrem a ausência
de fluxo sanguíneo intra-craniano.
Quem pode ser doador de órgãos após a morte?
Para ser doador após a morte não é necessário
portar nenhuma documentação, mas é fundamental comunicar
à própria família o desejo da doação posto
que, após o diagnóstico de morte encefálica, a doação
só se concretiza após a autorização dos familiares,
por escrito, o que, na dependência do órgão a ser transplantado,
exige, por vezes, rapidez. Coração, pulmões, fígado
e pâncreas só podem ser transplantados se removidos após
a morte encefálica e antes da parada cardíaca; a retirada de
córneas e ossos pode ser feita até 6 horas após a parada
cardíaca; e, no caso dos rins, o limite é de um máximo
de 30 minutos após a parada cardíaca.
Quem pode ser doador vivo?
Em princípio, o doador vivo é uma pessoa, em boas condições
de saúde, capaz juridicamente, ou seja, maior de 21 anos e que concorde
com a doação, não existindo um limite superior de idade.
Por lei, pais, irmãos, filhos, avós, tios, primos de primeiro
grau e cônjuges podem ser doadores, desde que haja compatibilidade entre
o sistema ABO do receptor e dos possíveis doadores. Os doadores não
parentes só podem doar em condições especiais, após
liberação judicial, conforme dita a lei n° 10211.
Fonte: UFGNet
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